sábado, setembro 09, 2006

Um bom elemento na SmackDown! Uma actriz bastante razoável a meu ver, possuindo uma forma de estar na programação muito individual e carismática como a esposa inseparável de Booker T, agora King Booker, tornando-a rainha. Como valet acho-a excelente, retirando grande inspiração da maior musa do wrestling profissional (discutivel) Sherri Martel. As semelhanças são notórias, aparência firme e sofisticada, apesar de bela e encantadora. Neste momento fazem-na de estúpida em consequência das fragilidades da gimmick do seu próprio marido, tornando aquela mulher indomável numa escrava submissa e sem miolos. Não sabe lutar, mas felizmente não tem pretensões de tal, ao contrário da própria "Sensational". Movimenta-se bem entre as posições de face e de heel, consegue discursar fluentemente e captar a atenção do público como poucas mulheres o fazem neste momento na WWE. Note-se ainda a sua experiência de ringue na WCW e na OVW, esta mulher está dentro do negócio por amor e não por conviniencia tal como as divas mais recentes da empresa. Permanece em mim a curiosidade de saber qual o seu futuro visto que Booker está prestes a abandonar a sua carreira. Acho que esta verdadeira diva ainda tem muito para dar, pelo que seria bom que continuasse na programação, acontecendo uma zanga amorosa que culminaria no final da carreira de Booker na WWE, mas com a sua permanência, talvez como uma manager milagrosa.
Rey Mysterio
Uma futura lenda de wrestling. O facto de ter começado a lutar no méxico aos 14 anos numa igreja em ruínas já diz quase tudo. A "lucha libre" corre-lhe nas veias assim como o agerrido espírito latino-americano. Rey lutou um pouco por todo o mundo fora, agarrando experiências únicas lhe permitiram criar um estilo único e uma forma de lutar muito pouco usual, em concordâncias com as suas porporções (ele tem 1,63 metros !). Esclareço desde já que vence-lo não seria uma tarefa tão fácil como muitos pensam. Para além de ser um tipo muito trabalhado do ponto de vista físico e muito bem preparado, possui um move-set baseado em colmatar os erros do adversário com manobras técnicamente exigentes, tirando este partido do próprio atacante, para além da sua grande agilidade e noção espacial quando entra dentro das quatro cordas. Se algum dos leitores teve a oportunidade de o ter visto a lutar na ECW ou na WCW sabe perfeitamento do que estou a falar e concorda com o facto de este ser efectivamente "grande" (os homens não se medem aos palmos, não se esqueçam). Acontece que durante a sua estadia na WWE, nunca foi tratado com igualdade. A administração sempre viu na sua figura o coitadinho que pode trazer cifrões ao pessoal devido à pena que ao ser sovado pelo Big Show ou pelo Kane provoca nos espectadores, sendo ajudado mais do que o que seria aceitável. É nesta condição de desfavorecido que chega ao main event regular, conquistando o campeonato mundial de pesos pesados. Algo aqui está mal, e vocês já devem ter percebido. Ora, eu retirava-o da luta pelo título principal e punha-o na luta assídua pelo dos Estados Unidos e principalmente o dos cruiserweights, onde ele está perfeitamente à vontade. As feuds com o intuito de causar grandes "heats" não funcionam muito bem devido à sua imagem criada e às suas pobre mic-skills, pelo que é deixá-lo lutar.

Um veterano do ringue e pouco mais de um jobber glorificado ao longo dos tempos que passou na WWE, desde 1993, coleccionando um título de Tag Team, um de Light Heavyweight e três de Hardcore num espaço de Treze anos. Considero-o um tipo muito competente, suficientemente bom no ringue para deixar o público contente cada vez que o vê, apesar de ser notoriamente um jobber que não deixa os seus créditos por mãos alheias, e executa o seu trabalho com paixão e dedicação. Para manter a empresa num estado saúdável são necessários jobbers, e Scotty assume esse papel sem problemas, dando o melhor de si dentro da sua gimmick de "paspalhão" e da sua posição na empresa, agradando aos smarts e aos marks. Possui carisma, construíu um próprio universo para a sua personagem, porém não te grandes mic-skills, daí a que perca algum crédito que o poderia elevar para um estatuto mais prestigiado talvez, juntamente com uma mudança de gimmick. Mas esta é apenas um hipótese improvável, e a meu ver, desajustada, porque este homem está bem onde está.

Uma presença desgastada e retrógrada no SmackDown! Antigamente um excelente wrestler, tendo ocupado posições de grande destaque quer na WCW, quer na WWF/E. Possui grandes mic-skills, disfrutava de uma boa gimmick (de embaixador do Reino Unido com características de um autêntico "gentleman") e na minha opinião desembaraçava-se muito bem dentro do ringue com o seu estilo pouco técnico, muito á base de agressões primárias, "irish whips" e algumas manbras de submissão e arremesso. Hoje em dia com a stable real de King Booker, Regal é uma superstar ainda mais caquética e a precisar de reforma, pois os seus 41 anos já não são generosos, assim como os 23 em actividade regular. A sua prestação no ringue decresceu muito como era de esperar, em termos de velocidade e explosividade, mas a diferença fundamental é o espírito da personagem, que no fundo nem sabe o porquê de estar a servir o rei e ainda por cima de uma forma aborrecida e deprimente em que é exemplo aquela entrada do soberano da SmackDown! Tentava oferecer-lhe um lugar no plantel como um manager ou um teórico fundador de uma stable, de modo a que pudesse,os disfrutar do seu carisma e das suas qualidades comunicativas, lutando muito esporádicamente apenas para dar sentido ás storylines.

Grande wrestler. Mexicano de gema, ou seja, intenso e espectacular nas suas performances. Mudou-se recentemente para o Raw de modo a conseguir conquistar outro tipo de público mais sério e a tirar melhor partido dos seus combates que não são gravados e editados como na marca azul. Não tem mic-skills, mas a sua gimmick também não precisa. Só as expressões faciais dizem tudo, mas esta representa um entrave ao facto de este se poder tornar campeão na WWE. Entretando, quando aparece, quase que nasce um bom combate automaticamente, seja contra um mid carder, seja contra um jobber. Dentro do ringue representa uma mistura da escola mexicana em alta. Movimentos high-flying com "irish whips", polvilhando alguma manobras de submissão e técnicas variadas em pé, estando todos estes elementos fortemente ligados em torno do espectáculo, muito bem encadeados. Dava-lhe o direito de lutar regularmente pelo título Intercontinental ou juntava-o com alguém promissor e desponava o sucesso que a WWE tanto precisa nesse sector.
Para a semana é o último roster a pente fino, contando com Sylvester Terkay, The Great Khali, Vito, Tatanka e Sylvain para análise. Fiquem Bem ;)
1 Comments: