Últimas saídas na WWE
Bem-vindos a mais uma crónica.
Esta semana é mais uma de rescaldo de mais um Pay-per-view da WWE, mais propriamente o No Mercy. Devido ao pouco tempo, principalmente por ter estado doente precisamente os dois dias após o PPV, não posso dar opiniões sobre os combates em si, visto que até agora só vi um. Precisamente o opener, e que opener. Também já era esperado um bom combate entre Matt Hardy e Gregory Helms e espero que a feud continue bem e que continue igualmente a propociar bons combates como este. A estreia do tal “MVP” foi realmente inesperada. Ninguém esperava aquele adversário e certamente este arrumou-o em pouco tempo para um combate de fraca qualidade. Um dos melhores combates, poderá ter sido também Mr. Kennedy contra o Undertaker. Sempre disse que se o US Champ vencesse o “Deadman” por pin poderia ser o push da vida dele. Enfim, ganha por DQ o que não dá um maior “brilho”, mas é sempre uma vitória, numa feud que espero que continue. Na “pior” feud dos últimos tempos, para mim, e porque acho uma vergonha estarem ainda a usar o nome do Eddie Guerrero quase um ano após a sua morte, Rey venceu Chavo e espero sinceramente que isto acabe por aqui, já chega, bom dia e até amanhã.
Finalmente, o regresso do Benoit. Uma boa notícia para o SmackDown! e para os fans do wrestling. Poderá ter sido um bom combate frente a William Regal, tenho de o ver, mas espero que tenha, pelo menos, aproximado-se da qualidade de um no Velocity, precisamente com estes dois como protagonistas. No Main Event da noite, Booker reteve o World Heavyweight Championship no Fatal Four Way. Um resultado também esperado, poucos dias antes, após a revelação do poster do Survivor Series. Finalmente, no combate pelos Tag Team Titles, os campeões também conseguiram mantiver os títulos. O tema desta semana está também relacionado com a Tag Team Division, pois uma das Tags que até há pouco tempo lutava pelos títulos acabou. Kid Kash foi despedido e os Pitbulls, provavelmente, acabaram.
O tema desta semana é precisamente as últimas saídas da WWE. Como devem ter reparado já alguns wrestlers saíram dos rosters da WWE nestas últimas semanas. Vou dar, enfim, a minha modesta opinião sobre os despedimentos mais importantes, por assim dizer, dos últimos tempos.
Naturalmente, tenho de começar por um wrestler não muito amado pela comunidade de wrestling na Internet, onde também me incluo nesse grupo. Estou a falar de Martin Wright e da sua gimmick que tanta palhaçada (ainda mais) trouxe à World Wrestling Entertainment, o famoso Boogeyman. Wright saiu da WWE perto do dia 20 de Setembro, isto porque foi quando apareceu no WWE.com, sem nenhuma explicação para o seu despedimento, o que deixa uma pessoa a pensar, pois tinha sido anunciado já o seu regresso à competição depois de uma longa paragem para recuperação de uma lesão. Este lutador, nascido no Connecticut, começou por tentar a sua sorte no culturismo, mas entrou no Tough Enough 4, tendo sido depois contratado devido a uma história curiosa. No TE, Wright passou o primeiro dia de eliminações, mas no segundo, sob “interrogatório”, confessou que tinha 40 anos, e não 30 como tinha dito anteriormente. Martin foi então excluido do Tough Enough por ter mais de 35 anos (idade limite), mas a sua prestação fez com que a WWE lhe oferecesse um contrato. Wright foi para a OVW, onde mais tarde se viria a estrear numa das marcas da WWE, o SmackDown!.
Agora é que começa a crítica. Nestes últimos tempos, acho que não vi pior lutador (pelo que mostrou e pelo que vi) em toda a WWE. Toda a gente tem de admitir que não viu um bom combate de Boogeyman na WWE e talvez em toda a sua carreira. Digo talvez, porque nunca vi um combate deste sem ser no SmackDown!. Regressando, os seus combates eram maus demais para ser verdade. Vejamos: muitíssimo curtos. Lembro-me vagamente de combates do Boogeyman depois da sua estreia e antes da lesão em que o combate não tinha, digamos, “cabeça, tronco e membros”. Outra razão terá de ser obrigatoriamente o rumo de um combate de Wright. Vemos que, para além da maioria dos combates ser excessivamente curto, era praticamente só de um sentido. Exemplos disso, eram os combates pela sua “única feud” com o Booker T: combates dominados por Booker, até praticamente o finisher de Boogeyman. Finalmente, falando da sua prestação dentro do ring, falta ainda comentar o move set. Mas.. existe um move set? Os seus movimentos resumiam-se apenas, praticamente, a murros e o finisher, que parecia variar. Umas vezes, era um Pumphandle Slam, outras vezes era um Double Arm Chokeslam, nunca percebi bem qual era realmente. O que é certo é que era do pouco wrestling que se via do homem.
Depois, talvez, o que será pior que a sua prestação no ring (ou não) é, sem dúvida, a gimmick, mais concretamente o que ele “fazia”. Nunca gostei particularmente desta gimmick de Boogeyman, uma gimmick completamente estúpida e que para mim não fazia sentido nenhum, sendo mais uma prova do “entretenimento” da WWE. Este aparecia quase sempre no backstage, ou num armário, tentando criar pavor nos wrestlers que apareciam por lá. Nunca percebi muito bem a história do relógio e agora chego ao cúmulo dos cúmulos: as minhocas. Quem é que se lembrou daquilo, por amor de Deus? Já não chega lutar mal, ter uma gimmick de palhaço... agora come minhocas? Mas para quê? Enfim, o “entretenimento WWE” fala mais alto neste caso e parece que gostam de ver um homem a comer minhocas durante um show. Sem palavras...
Para acabar sobre o Boogeyman, só tenho a dizer que esta despedida já vem tarde. Se vê-lo nos ringues da WWE, vê-lo a não fazer nada já era mau, então vem na altura certa. Como já disse, mais para trás, é estranho ver que um wrestler, em que estava a ser anunciado o seu regresso, saia agora. Há muita especulação sobre esse tema e o que mais se diz, é que Martin Wright, retirado desde Abril para curar lesões nas pernas, estava a esforçar-se muito pouco para o seu regresso ao ring e a WWE estava descontente com essa situação. Para além disso, parece que Boogeyman faltava às consultas de rotina, inventando desculpas; a WWE, claro, avisou-o mas este pelos vistos continuou com a sua conduta pouco profissional e por isso foi despedido. No final, Wright diz que estava chocado depois de saber que tinha sido despedido e que não sabia o que tinha feito para ser despedido. Acho que isto só pode ser verdade, pois seria muito estranho a WWE despedi-lo agora por razão nenhuma. Não vou ter saudades deste wrestler e ainda por cima ainda não sei como ganhou ao Booker T na Wrestlemania. O Booker T, que pouco tempo depois era Campeão Mundial. Enfim.. saudades? Nenhuma.
Até que poucos dias atrás vejo que a WWE voltou a contratá-lo para ir treinar na escola de Booker T, em Houston. Se ficasse por lá nem me importava. Vamos ver se aprende alguma coisa e se volta a aparecer na TV. Enfim, nem dão tempo para festejar.
Outro dos wrestlers despedidos pela WWE há muito pouco tempo, foi Kid Kash, membro da tag team “Pitbulls” do SmackDown!. Esta despedida ainda me deixou mais surpreendido do que a de Boogeyman, pois Kash estava, digamos, em “destaque”, com o seu parceiro de tag team, Jamie Noble, numa feud pelos WWE Tag Team Titles de Paul London e Brian Kendrick. Pensando melhor, e visto que se trata da WWE, nem estou assim tão surpreendido. Isto porque, ultimamente, esta companhia tem-nos habituado a separar tag-teams, que, podem ter futuro, mas são separadas logo pouco tempo depois, estando-se sempre a criar novas tag-teams, para depois fazerem muito pouco. Estou convencido também que, quando London e Kendrick perderem os seus títulos, se calhar também não duram muito tempo. É um pressentimento que tenho, e que talvez faça todo o sentido devido aos acontecimentos que assistimos na WWE. Kash, que se “notabilizou” na Total Nonstop Action Wrestling, vencendo por 2 vezes os títulos de tag team com Lance Hoyt e vencendo por 1 vez o X-Division Championship. Kash entrou então na WWE, saindo mais recentemente, dia 27 de Setembro, num comunicado lançado no WWE.com.
As razões do meu espanto para este despedimento não serão muito difíceis de adivinhar: aquando da sua saída, Kash e Noble ainda estavam na luta pelos títulos de Tag Team e até podiam ser mesmo os novos campeões, estavam em boa posição para isso e para continuarem por mais algum tempo, pois sempre achei estes dois bons wrestlers, com possível futuro na WWE. Para além de ter sucesso nos pares, Kid Kash também poderia ser um dos bons lutadores da “jobber” division da WWE. Estou a falar da Cruiserweight Division, onde Kash se estreou na WWE da melhor forma, vencendo no final de 2005 o Cruiserweight Title de Juventud. Kash sempre se mostrou, tanto na TNA como na WWE, um bom wrestler, um lutador que gostava (e gosto) de ver dentro do ring, seja sozinho, seja com Noble, quando formaram os Pitbulls.
A gimmick de Kash também não era má. É certo que já vemos muitos lutadores com uma gimmick de arrogante heel (ex: Randy Orton) e que muitas vezes tornam-se aborrecidos, mas vendo Kash na WWE nem achei nada disso. Falo da WWE, porque acompanhei muito pouco a carreira de David Cash na TNA (saquei só combates) e por isso não posso dar uma opinião firme sobre a carreira deste na federação presidida por Dixie Carter. A carreira deste na TNA não foi sempre um mar de rosas devido aos títulos conquistados. Em 2004, esteve lesionado durante algum tempo e nessa paragem, criticou duramente a TNA numa entrevista, valendo-lhe uma suspensão. Apesar disso, ainda iria vencer o NWA World Tag Team Title com Hoyt, mas o divórcio veio no final. Kash foi despedido pela TNA em Abril de 2005, pois, noutra entrevista, criticou novamente a TNA, insultando os America’s Most Wanted, dizendo que não iria renovar depois do contrato acabar poucos meses depois, criticando a TNA por não o deixar ter ido ao ECW One Night Stand (Kash já pertenceu à ECW) e, ainda por cima, envolveu-se em confrontos no backstage com AJ Styles.
Finalmente, em termos de mic skills, também não poderei dizer muito, porque com as tag teams da WWE, microfones, nem vê-los. Para terminar sobre Kid Kash, não me admiraria nada que a sua saída se devesse também a problemas externos ao ring, tal como na TNA. Rumores apontam mesmo para esse sentido, para que o comportamento negativo de Kash no balneário não tinha mudado e que vários wrestlers não gostavam dele. Muitos cibernautas também já colocam a hipótese de Kash voltar à TNA, uma situação que não acredito que aconteça, depois de todas as palavras que este dirigiu à companhia. Vamos esperar para ver o que acontece. Finalmente....
Finalmente a última saída da WWE, mas talvez a menos falada por estes lados. Peter Polaco, mais conhecido por Justin Credible, lutador da ECW Original e da actual “WWECW”. Este será certamente reconhecido por alguns, como o lutador que deu corpo ao descendente português, gimmick com que começou a sua carreira na World Wrestling Federation. Há factos que apontam que Polaco tem uma descendência portuguesa, embora nunca tenha tido a certeza disso mesmo. Credible deu corpo então ao “Portuguese Man’O’War” Aldo Montoya, uma personagem que tinha de usar uma máscara. Nos primeiros combates, este até venceu alguns combates, mas como muita boa gente que anda por aí, a sorte virou e começou a jobbar. Também a gimmick tinha ar de estúpida, especialmente o fato e a máscara. Mas Credible ficou conhecido foi na Extreme Championship Wrestling.
Aí mudou-se definitivamente para Justin Credble (Just Incredible) onde realmente se tornou numa das figuras da companhia. Não o considero tão “cara da companhia” como lutadores como Sandman, Sabu, e outros, mas quando se fala em Originals, tem de se falar neste homem. Mais uma vez, como não acompanhava wrestling na altura deste homem, e só assisti a alguns combates, não posso dizer muito sobre Justin, nem a sua capacidade dentro do ring. O que é certo, é que treinou na masmorra dos Hart, no Canadá, tendo sido certamente muito bem treinado, pois o “produto” é quase todo bom naquela masmorra, basta olhar para Bret, Owen, Benoit, Jericho e companhia, Lda. Depois da sua chegada em 1997, Credible adoptou uma gimmick em que se vestia “grunge”, uma personagem convencida, um egomaníaco e venceu vários títulos na promoção de Paul Heyman, vencendo por duas vezes os ECW Tag Team Titles com Lance Storm, outro excelente wrestler e, a cereja no topo do bolo, o ECW World Heavyweight Title por uma vez. No entanto, só mesmo nessas situações ele conseguiu algum sucesso, pois fora da ECW poucos feitos conseguiu, a não ser por oito vezes WWE Hardcore Champion, a sua vertente favorita.
Depois da falência da ECW, Credible voltou novamente à WWF, e, apesar de perder muitos dos combates no Sunday Night Heat, venceu, como já disse, por oito vezes o Título de Hardcore. Agora, esteve na ECW novamente, mas para jobbar para os novos elementos desta marca, como CM Punk. Enfim, acho lastimável este tipo de “política” da WWE, mas enfim, eles é que sabem. Polaco saiu então no dia 28 de Setembro da “WWECW”.
Para concluir, esta crónica que para mim foi um bocado chata (lol), tem de se falar também dos possíveis próximos casos de despedimento, neste negócio que, digamos, “não pára” e quando não se tem um bom entretenimento ou quando se tem mau comportamento fora do ring torna-se fatal. Um dos casos possíveis e pouco conhecidos, especialmente porque a notícia (parece-me verdadeira) saiu há pouco tempo, quase no “fecho” desta crónica. Psicosis ao que parece, pediu emprestado um carro a uma mulher de 23 anos. O lutador prometeu devolver o carro mais tarde, mas a mulher recusou, tenso Psicosis ameaçado com uma arma. Este acabou por levar o carro, embatendo noutros, sendo mais tarde detido pela Polícia. Não me admiraria nada que fosse despedido ainda esta semana. O que me deixou surpreendido, foi ele ainda estar no roster do SmackDown!. Por acaso pensava que já tinha saído...
Outros nomes para futuras saídas a curto prazo? Neste momento vejo alguns, que ainda estão presentes no roster da WWE. Falo, por exemplo, de Rob Conway, Val Venis, o próprio Tatanka...
Enfim, este mundo é também de entradas e saídas, e por isso é que estamos atentos.
Até para a semana, pessoal. Comentem, sff.