terça-feira, setembro 05, 2006
Bobby Lashley

É hoje em dia uma das caras do programa, representando uma personagem de "wrestler quase invencível honestamente". Estou de acordo com a sua promoção ao mid-card e com a maioria dos pushes que lhe têem dado, sendo este um dos poucos casos de tratamento razoável na WWE. Lashley é fisícamente impressionante, rápido, explosivo e possui uma boa imagem, apesar de dentro do ringue possuir algumas fragilidades que são tapadas pelo espanto automático dos fãs perante este "novo hércules". Não sabe falar e não possui um carisma mediático digno de qualquer destaque. Digamos que no geral, foi uma aquisição necessária para a empresa, que bem aproveitada e de forma honesta, tal como foi, permitiu enriquecer a situação actual da SmackDown!, nada mais nem menos do que isso. Tenho notado que em relação ao dito wrestler existe duas grandes opiniões criadas, uma positiva, apresentando-o como um futuro main-eventer e atribuindo-lhe as supostas características da gimmick, e outra negativa (até certo ponto), formada pelos anti-goldbergs, que comparam-no a Lashley, dizendo que é um fenómeno artificial e uma premiação da incompetência, só que com metade do carisma. Para mim a resposta está algures no meio.

Matt Hardy

Outrora um símbolo da juventude irreverente com algumas manobras impressionantes e talento suficiente para se ter tornado numa hipótese de futuro main eventer. Aos poucos começou a ser relegado para segundo plano até que se passou a encontrar num bunker que é a divisão cruiserweight da SmackDown!, tornando-se sucessivamente num jobber glorificado, até que foi despedido. Em 2005 foi recontratado para o Raw, iniciando uma feud com Edge, conseguindo um bom "heat", que porporcionou bons combates como por exemplo no SummerSlam e no Unforgiven, este último com uma vitória memorável (das poucas que hoje acontecem) de Matt. Acontece que Edge naturalmente ganhou a feud e "mandou" o rival para outro programa. Aqui começa o verdadeiro "fado do desgraçadinho", Hardy nunca se adaptou bem no programa azul graças aos bookings desastrosos dos patrões que a pouco e pouco o começaram a encaixar no "jobbanço", recebendo de vez em quando alguns vislumbres de ocupar um lugar de prestígio, mas essa é uma opção para a agradar apenas os fãs nostálgicos, pois as suas características de lower card estão cada vez mais à vista. Das duas uma, ou eu não percebo mesmo nada disto ou estasituação é ridícula e incompreensível. Jobbers não faltam na SmackDown! (até existem de mais), têem lá o Funaki, o Scotty 2 Hotty que até são mais poupados do que o próprio Matt Hardy, alguém que já possui títulos importantes, experiência de ringue e muitas outras coisas para contar, sendo bastante melhor do que qualquer um dos seus colegas "do rés do chão" do programa. Com a falta de personagens que possam interligar-se entre si num estatuto médio-superior e com a riqueza de jobbers por parte do programa, esta é mesmo uma situação irrisória. Nem vale a pena fazer mais comentários...

Mark Henry

Surpreendeu-me este seu regresso. Apesar de algumas imperfeições, a gimmick é bastante aceitável e o desempenho deste atleta olímpico tem superado as suas capacidades. Segundo o que consta, Henry estava a passar por um período bastante negativo do ponto de vista económico e pessoal, pelo que se agarrou ao wrestling e à oportunidade oferecida por Vince McMahon. Afirmo sem dúvida que Mark Hery tem capacidades e gimmick para se afirmar com um mid carder de grande qualidade, mas NÃO um main eventer. Aí está a meu ver o grande erro da sua utilização por parte de administração. Este homem não tem habilidades nem talento suficientes para encabeçar qualquer tipo de cartaz, ainda mais um show do pretígio da Royal Rumble. Ultimamente têm-se mostrado á vontade no micro, demosntrando muito trabalho de bastidores e uma melhoria na sua relação com o ambiente, na mairia hostil. Dentro do ringue, em porporção à gimmick e ao físico, posso dizer que Mark Henry é satisfatório. Tem um move-set curto mas bem escolhido. Acho que seria bastante razoável colocá-lo em feuds contra mid-carders e mid-uppers, pois este consegue aumentar naturalmente o heat devido ao impacto que cria no público. A corrida pelo título dos Estados Unidos também me parece um hipótese razoável.


Michelle McCool

Novamente vou tentar abstraír-me das suas encantadoras e melhoradas características físicas, que só por si já merecem estar no programa (este é mesmo aquilo que se costuma chamar de um "granda naco"). Não é boa actriz, mas usufrui de uma aparência serena e tranquila, pelo que ganha bastante simpatia do público. O seu regresso como heel foi bem pensado, mas a gimmick de professora é estúpida é faz com que se pareça uma pessoa completamente diferente do que a concorrente do Diva Search de 2004, quebrando o Keyfabe. Infelizmente tive a oportunidade de ver o que consegue fazer no ringue durante o Bra and Paties match na Great American Bash, e sinceramente impressionou-me. Não está minimamente habilitada, mas luta com uma garra e uma energia espectacular. Para mim este seria um caso a ser trabalhado do ponto de vista de performance desportiva, quanto ao resto, a gimmick é que está a arruiná-la. Um Face turn e deixar aquela fatiota ridícula de professora no armário faria-lhe lindamente.



Paul London

Pois amigos, a foto que se encontra ao vosso lado direito não foi escolhida por acaso. No último ano já alguma vez viram o London a falar ? A resposta é não e ainda bem. Este tipo é uma figurinha esmagada pelos olhares das centenas de fãs loucos por ver as suas manobras high-flyinh espectaculares e um caso de aparência muito modesta e escessivamente tímida. Tal não pode acontecer no meio de uma política de "showbiz" tão acentuada, possuindo Paul London uma gimmick absolutamente esburacada. Digam-lá, as feuds que ele tem começam de forma artificial, sempre. Nunca vos deram esplicação para a utilização daquelas máscaras e dos calções que ultimamente usa. Qual foi a última vez que viram este espécime a falara ao microfone ? (se não fosse a foto nem me lembrava de tal). Em suma está aqui um caso gravíssimo. Se o próprio interviniente já por si é muito mau em termos de ligação com o público e carismática, a WWE ainda faz o favor de a acentuar mais. De resto digo o que vocês já sabem, Paul é um atleta bastante trabalhador e profissional, apresentando-se bem dentro do ringue, efectuando manobras espectaculares e movimentando-se bem, apesar de ser um pouco trapalhão. Quero só rir-me na cara daqueles que afirmavam que London iria mudar a WWE tal como CM Punk o pode vir a fazer agora. Acho um autêntico absurdo pois este não tem nem uma centésima do à vontade e carisma de Punk que é excelente no micro. Até mesmo dentro do ringue, London comparado com ele é um atleta limitado ao seu próprio estilo.


Desculpem o atraso no artigo que foi postado com 8 horas de atraso, mas o prometido é defido e aqui fica mais um edição desta rubrica. Mais duas se seguirão, esperando a Sharmell, Rey Mysterio, Scotty 2 Hotty, William Regal e o Super Crazy por vocês na próxima segunda-feira. Até lá fiquem bem ;)
 
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